A morte de Prince é mais um baque no ano terrível que está sendo 2016. Em nosso mundo pop, o baixo astral foi inaugurado cedo, com a partida de David Bowie em 10 de janeiro, dois dias após completar 69 anos e lançar o disco "Blackstar". Chocante, já que o artista britânico não revelara que vinha travando uma batalha contra o câncer, mas menos surpreendente do que a notícia dessa quinta-feira, 21 de abril. Aos 57 anos, Prince aparentava esbanjar vitalidade, inquieto como sempre, batendo de frente com a indústria música e não parando de fazer shows e discos. Até demais, produção que, agora, terá o devido tempo para ser reavaliada. Mas, mesmo ainda sob o impacto da triste realidade, dá para cravar que Prince Rogers Nelson produziu uma obra tão bela e influente quanto a de David Robert Jones.
Vai embora o pequeno grande Principe e fica uma obra admirável. São 39 álbuns de estúdio (alguns duplos), quatro ao vivo, mais compilações e muitas colaborações em trabalhos de seu círculo de protegidos. Se tiver que escolher apenas cinco discos de Prince, no momento são estes, em ordem decrescente: “Sign o’ times”(1987), “Dirty mind” (1980, o da capa tipo belo, escandaloso e fora do lar), “1999" (1982), “Musicology" (2004) e “3121" (2006).
Acompanhe a íntegra do texto de Antônio Carlos Miguel no G1 Música.